domingo, 12 de outubro de 2014

RETOMADA.
Passou bastante tempo desde a última postagem, até me assustei, a data é de agosto de 2013!
 
Puxa!
 
Retorno com alguma novidades, mais precisamente com temas e papos que envolvam além da arte de bonecos, dedoches e fantoches, uma amostragem das vivências e experiências com meu filho Icaro (meu grande mestre, rs).
 
Para dar início, vou lembrar que Icaro está com 10 anos, e nesse momento acabamos de receber uma notícia um tanto perturbadora. De acordo com exames clínicos Icaro apresenta déficit cognitivo em decorrência de hipóxia neonatal.
 

O QUE É HIPÓXIA? 
 
Hipoxia é o sofrimento fetal, também chamado de hipóxia neonatal, consiste na diminuição ou ausência da assimilação de oxigênio recebida pelo feto através da placenta. Este quadro pode ser agudo ou crônico.

Em muitos casos este sofrimento é implicado por uma patologia materna que ocasiona redução na sua concentração de oxigênio sanguíneo, como, por exemplo, em um quadro de anemia significativa, um problema respiratório ou cardíaco. Existem também outras patologias maternas que resultam em uma irrigação placentária ineficiente, como no caso da hipertensão arterial  ou a diabetes gestacional, levando, consequentemente, à diminuição da oxigenação fetal. Apesar de estes problemas não apontarem alterações evidentes na oxigenação ao longo da gestação, podem ocasionar uma insuficiência da mesma no momento do parto, em decorrência do esforço realizado pela mãe ou quando há associado uma redução da irrigação placentária durante as contrações uterinas. Além disso, problemas ocorridos no momento do parto, como placenta prévia e o descolamento prematuro da placenta, podem resultar em problemas mais severos na oxigenação do feto.
Dentre outros problemas que causam a diminuição da oxigenação fetal estão:
  • Alterações das contrações uterinas;
  • Posições anômalas do feto;
  • Desproporção entre as dimensões da pélvis da mãe e do tamanho do feto;
  • Nascimento de múltiplos;
  • Ruptura uterina;
  • Anomalias do cordão umbilical.
As consequências da hipóxia neonatal variam de acordo com a intensidade da redução de oxigênio fetal e do tempo de duração da mesma. Quando o problema é identificado precocemente, a recuperação do feto costuma ser rápida e não deixa sequelas. Contudo, quando o quadro de hipóxia é prolongado, pode levar a lesões irreversíveis em diversos órgãos, especialmente no sistema nervoso, como:
  • Lesões cerebrais difusas de baixa severidade, que ocasionam problemas de comportamento e atraso no desenvolvimento psicomotor do indivíduo;
  • Lesões encefálicas extensas mais severas, podendo resultar em paralisia cerebral infantil, epilepsia ou atraso mental. Além disso, as lesões encefálicas também podem levar à morte do feto no decorrer do parto ou algumas horas após o nascimento, em virtude do comprometimento das funções vitais do mesmo.
O diagnóstico do sofrimento fetal é alcançado através da monitorização cardiotocográfica do parto, pois por meio deste procedimento é possível monitorar a reserva respiratória fetal. Um exame que auxilia no diagnóstico é a amnioscopia que, em muitos casos, evidencia a expulsão do mecônio, que é indicativo de sofrimento fetal. A análise laboratorial do sangue fetal aponta com precisão a exacerbada redução do oxigênio fetal e a consequente elevação da acidez sanguínea.
 
Quando o sofrimento fetal é comprovado, medidas devem ser adotadas para resolver o problema quando possível, ou o parto deve ser finalizado o mais rapidamente possível para não resultar em lesões irreversíveis no feto. Quando o sofrimento fetal ocorre antes do parto, deve-se recorrer à cesariana.
 


Nesse sentido eu fiquei sem ação e mais uma vez após suspeita de autismo aos 3 anos e o diagnóstico aos 6 anos de idade, eu me pego na sensação de culpada, relapsa, inerte diante de um fato que nunca me foi dito, somente agora aos 10 anos nos chega essa suspeita que me faz sentir abatida e revoltada, afinal o nosso discurso sempre foi o mesmo para todos os médicos: "O parto foi natural,  fiz muito esforço, ele não respondia à expulsão, nasceu com bossa",(inchaço na cabeça) o que na verdade é bem menos relevante do que se me tivessem dito que teria havido algum sofrimento fetal e hipoxia.
 
Tem horas que penso: "certamente sou de aço", levantei a cabeça e me voltei ainda mais a leituras sobre autismo e deficiências associadas, das quais a paralisia cerebral e a deficiência mental.
 
Estou triste, CLARO, mas sem esperanças, NUNCA, JAMAIS!
 
Mais aprendizado, esforço e busca, sempre, vamos surpreender essa sindromezinha ridícula chamada autismo e agora vamos provar que atraso mental não é sinônimo de incapacidade, faremos ainda mais, pensar, pensar e repensar, atitudes, modos, saídas, vamos dar um jeito, conseguimos muito em consultas médicas de 90 em 90 dias, faremos ainda melhor, descobrimos a cara do bicho papão, depois que a gente vê a cara dele, todos os medos vão embora, afinal também sabemos fazer cara feia!


 Até a próxima!

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